segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A adolescência

Hoje, enquanto esperava pelo meu teen à porta da escola, dei comigo a pensar em como é difícil educar um adolescente.

É que com os adolescentes precisamos de ser firmes, mas não inflexíveis, carinhosos, mas não frágeis, compreensivos, mas não frouxos, open mind, mas não permissivos.

É difícil encontrar um ponto de equilíbrio no meio disto tudo. Todos os dias aparece uma situação nova que é preciso manobrar e resolver. Todos os dias os miúdos são postos à prova, na escola, com os amigos, com as pressões com que têm de lidar. Por isso, muitas vezes, se não são bem acompanhados, procuram uma válvula de escape, procuram dar um "grito" para chamar a atenção de quem os rodeia. 

É uma idade complicada, os amigos são tudo e a família nem por isso. A personalidade está a formar-se e, como tal, ou têm atenção qb dos pais ou é demasiado fácil descarrilarem e tomarem caminhos menos apropriados.

O acompanhamento da família vai dar-lhes a confiança que precisam para seguir em frente, saber o seu valor e não serem influenciáveis. O acompanhamento da família vai dar-lhes confiança e, com certeza, que os vai ajudar a saber dizer não, que é a dificuldade de muitos miúdos que procuram a aprovação dos amigos. Essa aprovação que procuram junto dos amigos vem, muitas vezes, do défice de atenção em casa. Além, do mais, a asneirada que fazem funciona como uma chamada de atenção, como um "Mãe, Pai, estou aqui!".

Eu não sou mãe, apesar de proteger e sentir o meu irmão, 11 anos mais novo que eu, como um filho. Sei que não o posso proteger de tudo, guardá-lo numa redoma (quem me dera), no entanto, acho que os maiores dos nossos problema podem evitar-se com atenção e tempo de qualidade, sem sufoco - porque eles também gostam de se sentir livres, ainda que na realidade não o sejam.