Todas nós, ainda que quando mais novas, nos interrogamos sobre a nossa alma gémea: onde está, como a vamos conhecer, como vamos saber que é ela... E certamente nenhuma de nós chegou a conclusão alguma.
Com o passar dos anos, continuamos a acreditar em almas gémeas? O homem certo existe e está-nos predestinado ou será tudo uma questão de timming?
Ano após ano, cabeçada após cabeçada fui concluindo que tudo o que existe é tempo, sintonia e sincronização. Tempo e predisposição. Infelizmente, para os mais românticos, talvez a alma gémea não exista. Talvez exista uma vasta panóplia de almas gémeas distribuídas pelos vários cantos do mundo, pelos vários lapsos temporais, à espera de nos atacar, quando menos esperamos.
Talvez exista um zilião de almas gémeas que vamos encontrando ao longo da nossa vida e que tudo o que precisam é de estar sincronizadas connosco.
A sincronização é, sem dúvida o mais difícil. Encontrar alguém que, naquele momento, queira o que nós queremos e esteja na fase em que nós estamos.
Provavelmente, todas nós já encontramos o "tinha tudo para dar certo", mas não era o tempo certo, os ponteiros não estavam alinhados; "ele era muito imaturo", "eu era muito imatura", ele não estava disposto a isto ou àquilo ou vice versa.
Quererá isso dizer que ele não era a nossa alma gémea? Quererá isso dizer que o destino nos reserva o príncipe encantado? Ou será que as almas gémeas vão passando pela nossa vida e nós só temos de as ir agarrando?
Eu, como a Carrie, gosto de pensar que ao longo da nossa vida vamos tendo várias almas gémeas. Talvez umas sejam mais gémeas que outras, mas nada que não se resolva com uma boa dose de dedicação.
