terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Jovem e a Diana - O Embuste

E parece que a história do jovem romântico em busca da gata borralheira francesa, a Diana, não passa de um embuste. 
Pois é, não existiu a troca de olhares, não aconteceu o famoso "segue-me" (ou qualquer coisa que o valha), não aconteceu a conversa de uma noite inteira, não aconteceu o amor. Na realidade, a Diana nem existe, ou pelo menos não é uma pessoa.

Não quero parecer uma daquelas pessoas que sabe sempre de tudo quando é revelada a verdade, mas sempre achei tudo demasiado rebuscado. O apaixonado estava demasiado bem organizado e para mais, era demasiado novo para tanta paixão e tanta determinação na busca da donzela perdida. 
Não é que eu não acredite no amor, só acho que esse amor à primeira vista, essa loucura que nos torna capazes de tudo não é assim tão usual quanto parece nos romances.
Além disso, a ideia do amor nascer numa manifestação contra o actual estado de coisas no nosso país era demasiado romântica.
No fundo, tudo era demasiado romântico para ser verdade e já não se fazem amores de perdição. 

Por outro lado, não é que eu perceba de marketing mas acho que a marca cumpriu o objectivo. Pôs toda a gente a falar do produto, para o bem e para o mal. A curiosidade ficou aguçada e não me parece que haja assim tanta gente radical que, insurgindo-se contra a marca, decida não comprar o produto, mesmo gostando dele. Digo eu.

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